segunda-feira, 22 de setembro de 2008

PINTURA TRIFÁSICA





"Dois corações, uma só alma". "Deux coeurs, une seule âme" "Two hearts, one only soul".
Pintura trifásica. Peinture trifasique. 3 phases painting.


Na década de 80, quando Sérgio Prata estudava no atelier de techniques de la peinture da Ensb-A de Paris, Abraham Pincas relatou as experiências que fazia com seus alunos em Israel, pintando com pigmentos normais no escuro. Tentavam sentir as cores, sem vê-las. Não podiam saber com que cores lidavam e faziam pinturas no escuro. Ao acenderem as luzes descobriam uma obra.

Desde então, o artista passou a desenvolver este exercício, aprimorando a sensibilidade e percepção sensorial das cores, tentando captar as suas temperaturas, sem observação direta, pela proximidade das mãos, quando fazia centenas de retratos.

Levando em conta a fisiologia das cores segundo o tratado de Goethe, Prata iniciou sua carreira profissional em 1983, com sua primeira exposição, mas foi após o ano de 1986, a percepção tonal, tentando ampliar os canais de sensitivos, que aprimorou o tato das cores, sem observação direta.

A técnica de pintura bifásicas teve seu início em outubro de 1996, e tornou-se um procedimento de pintura artística. Após décadas de pesquisas em técnicas de pintura, conhecendo uma ampla gama de pigmentos e trabalhando em todas as técnicas da história da Arte, o artista buscava inovação.

Descobrindo a existência de filtros e pigmentos ainda não utilizados pela indústria de materiais artísticos, e após muita insistência com fornecedores do Brasil, Inglaterra, Portugal e Japão, o artista enfim obteve os materiais que lhe permitiram desenvolver novas tintas: pinturas invisíveis sob a luz do dia, porém visíveis sob luz ultra-violeta. Pigmentos e filtros que possuem a capacidade de captar luzes diferentes.

Com estes materiais, manipulados no atelier, Prata elabora pinturas que podem ser vistas na luz normal, com pigmentos convencionais. Porém, quando apagamos as luzes do atelier, na escuridão total, vemos a obra de uma forma diferente: fosforescente. Acendendo a luz ultra-violeta, vemos a terceira versão: a fluorescente.

Para realizar estas obras o artista pinta no escuro e na luz. Quando existe luz normal, pinta a pintura visível de dia. Ao apagar a luz, em plena obscuridade, pinta a obra em fosforescência, que se revela somente no escuro. Ainda no escuro, acende uma luz ultra-violeta e pinta a fluorescência, que se revela somente nas mesmas condições. Desta maneira, as obras trifásicas de Sérgio Prata podem ser observadas em 3 situações: sob a luz normal, na obscuridade total e sob a luz negra, no escuro. [...]


Fonte:
http://www.sergioprata.com.br/port/producao.htm

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