Neymar e Alexandre Pato tiveram sua redenção ontem. ‘Renegados’ pelo ex-treinador da seleção brasileira, ambos brilharam para definir a vitória sobre os Estados Unidos, por 2 a 0, no início da Era Mano Menezes. Em seu primeiro compromisso no cargo, Mano Menezes colocou em campo jovens talentos em formação ofensiva. O sistema 4-3-3 e a fragilidade da seleção americana abriram espaço o amplo domínio verde-amarelo, com destaque para a consistente atuação dos ‘renegados’ de Dunga. Ganso organizou o meio-campo, Robinho deu qualidade à movimentação e Neymar e Pato foram às redes.
A seleção brasileira começou a partida errando muitos passes, sem se encontrar, acuada pelos norte-americanos. Aos 2 minutos, Donovan aproveitou passe errado de Daniel Alves, invadiu a área na frente de Thiago Silva e bateu, desequilibrado. Victor defendeu com os pés, evitando o gol norte-americano.
Aos poucos, o time foi se encontrando. Centralizado, Ganso fez o jogo girar pelos lados, onde Neymar e Robinho tinham o apoio de Daniel Alves e André Santos. O gol saiu aos 28 minutos: André Santos avançou pela esquerda e cruzou na medida para Neymar, bem colocado, cabecear para o fundo da meta. Aos 32 minutos, um bom lance surgiu pela direita: Daniel Alves recebeu livre e passou para Alexandre Pato, que tocou a bola e trombou com Howard antes de completar para o gol, o árbitro marcou falta.
A seleção brasileira manteve o domínio da partida no final do primeiro tempo, tocando a bola e esperando uma boa oportunidade. Continuando com a postura ofensiva, acabou recompensada já nos acréscimos, aos 46: Ramires viu a defesa rival em linha e passou em profundidade para Pato, que invadiu a área em velocidade, driblou Howard e completou para as redes, ampliando.
Na segunda etapa, a seleção voltou perdendo uma incrível chance. Aos 8 minutos, Daniel Alves cruzou da direita, Alexandre Pato furou ao tentar completar de letra e Neymar acabou travado. Na sobra, Robinho bateu rasteiro e acertou a trave norte-americana.
O tão exaltado ‘quarteto santástico’ se formou em campo quando, aos 21 minutos, André substituiu Alexandre Pato. Hernanes também entrou, na vaga de Ramires. O esquema tático foi mantido com três atacantes. Sobrava espaço para os avanços dos atacantes brasileiros que foram criando situações para ampliar o marcador, mas esbarravam na boa atuação do goleiro Guzan, que havia substituído Howard. O suplente fez excelentes defesas.
EUA: Howard (Brad Guzan); Spector, González, Bocanegra (Goodson) e Bornstein; Feilhaber (Altidore), Edu, Bradley e Bedoya (Gomez); Donovan (Findley) e Buddle (Kljestan)
Técnico: Bob Bradley
Brasil: Victor; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e André Santos; Lucas, Ramires (Hernanes) e Ganso (Jucilei); Robinho (Tardelli), Neymar (Ederson) (Carlos Eduardo) e Alexandre Pato (André)
Técnico: Mano Menezes
Local: Estádio New Meadowlands, em Nova Jersey (EUA)
Árbitro: Silviu Petrescu (Canadá)
Assistentes: Joe Fletcher e Daniel Belleau (ambos do Canadá)
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